ESTUDO VI

A VOLTA DE NOSSO SENHOR — SEU OBJETIVO, A RESTAURAÇÃO DE TODAS AS COISAS

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— O Segundo Advento PESSOAL e pré-milenário de nosso
     Senhor. 
— Sua relação com a Primeira Vinda. 
— Seleção da Igreja e conversão do mundo. 
— Eleição e Graça Livre. 
— Prisioneiros da esperança. 
— O testemunho profético concernente à Restauração.
— A Volta do Senhor é a esperança Manifestante da 
     Igreja e do mundo.
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“E envie ele o Cristo, que já dantes vos foi indicado, Jesus, ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio.” ― Atos 3:20, 21, IBB.

A vinda pessoal segunda de Jesus

 

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Se Jesus tem estado com a igreja durante 2.000 anos, por que é que prometeu vir de novo?

    O FATO de que nosso Senhor procurou fazer compreender a seus discípulos que com algum objetivo, de alguma maneira e em certo tempo viria de novo, o consideramos como admitido e acreditado por todos os que se familiarizaram com as Escrituras. 

    Em verdade, Jesus disse: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20, AL; IBB), por meio do seu espírito e de sua Palavra tem estado continuamente acompanhando a Igreja, guiando, dirigindo, consolando e sustentando os seus santos, dando-lhes alegria no meio de todas suas aflições. 

    Mas ainda quando a Igreja ditosamente tem compreendido, de que o Senhor conhece todos seus caminhos, e se há apercebido do seu constante amor e cuidado, com tudo, anela a prometida volta pessoal, porque quando Ele disse: 

    “E, se eu for, ... virei outra vez” (João 14:3, AL; IBB), indubitavelmente se referia a uma segunda vinda pessoal.

Pentecostes NÃO foi a segunda vinda.

    Alguns são de opinião que se referia à vinda do Espírito Santo em Pentecostes; outros, à destruição de Jerusalém, etc., mas seguramente olvidam o fato de que no último livro da Bíblia, escrito como sessenta anos depois de Pentecostes, e vinte e seis depois da destruição de Jerusalém, este que foi morto e agora vive se refere a tal acontecimento como um todavia futuro, dizendo: 

    “Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa”. E o inspirado João responde: “Amém; vem, Senhor Jesus.” — Apocalipse 22:12, 20, IBB.

    Um grupo considerável mantém a crença de que ao converter-se um pecador se efetua uma parte da vinda de Cristo, e que de tal maneira continuará até que todo o mundo ser convertido. Segundo eles, então haverá vindo por completo.

No tempo da segunda presença do nosso Senhor, o mundo estará longe de ser convertido a Deus.

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Budismo

    Estes indubitavelmente passam inadvertido o testemunho das Escrituras sobre o assunto. Elas declaram tudo ao contrário de semelhante asseveração, e nos demonstram que no tempo da segunda vinda do Senhor o mundo se achará longe de estar convertido; também nos indicam que “nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão ... mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”. (2 Timóteo 3:1-4, IBB); e que (versículo 13) “os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”. 

    Provavelmente também se olvidam da exortação do Mestre ao seu pequeno rebanho: 

“Olhai por vós mesmos; não aconteça que ... aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço.  Porque há de vir sobre todos os (descuidados ou desapercebidos) que habitam na face da terra.” (Lucas 21:34, 35, IBB) 

    Também podemos assegurar fundadamente que quando disse “E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele”, quando eles o verão vindo (Apocalipse 1:7), não se referia à conversão dos pecadores. 

    Se lamentarão todos os homens pela conversão dos pecadores? Ao contrário, se como quase todos admitem, esta passagem se refere à presença de Cristo na terra, ensina que seus moradores não hão de regozijar-se com sua vinda como certamente seria o caso se estivessem convertidos.

    Alguns esperam a vinda e presença real e verdadeira do Senhor, mas o tempo que assinalam para este acontecimento se encontra ainda muito longe; pretendem que o mundo deve converter-se por meio dos esforços da Igreja em sua condição presente, e que desta maneira será introduzida a Idade Milenária. 

    Dizem que quando o mundo estará convertido, quando Satanás será preso, quando toda a terra se encherá do conhecimento do Senhor, e quando as nações não aprenderão mais a guerra, então será quando a obra da Igreja na sua condição presente estará concluída; e acrescentam que depois da conclusão desta grande e dificultosa tarefa, em seguida virá o Senhor dar fim aos afazeres terrestres, a recompensar os crentes e a condenar os pecadores.

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    Algumas passangens da Bíblia tomadas isoladamente parecem favorecer esta idéia, mas ao esquadrinhar a Palavra de Deus e seu Plano como um tudo, se achará que estas vêem a favorecer a idéia contrária, ou seja que a vinda de Cristo ocorrerá antes da conversão do mundo, que Ele reinará com o propósito de convertê-lo, que a Igreja está agora em prova, que a promessa feita aos vencedores é a de que depois de serem glorificados participarão com Jesus do reino, e por último, que esse reino é o expediente determinado por Jeová com o fim de abençoar o mundo, e fazer que o conhecimento seu chegue a toda criatura. 

    Tais são as promessas especiais do Senhor: “Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente no meu trono”. (Apocalipse 3:21, IBB) “E viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” — Apocalipse 20:4.

 

 

 

O testemunhar ao mundo não implica a conversão do mundo.

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    Queremos chamar a atenção a dois textos aos quais com mais tenacidade se aferram os que pretendem que o Senhor não virá senão até depois do milênio do reino de Cristo na Terra. Um deles é: 

“E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, então virá o fim.” (Mateus 24:14, IBB) 

    Pretendem que esta é uma referência à conversão do mundo antes do que termine a Idade Evangélica. Mas, testemunho ao mundo não implica a conversão do mundo. O texto nada diz acerca da maneira como seria recebido o testemunho. 

    Este testemunho já tem sido dado. Em 1861 as Sociedades Bíblicas informaram que o Evangelho havia sido publicado em todos os idiomas da terra, ainda quando nem todos seus habitantes o receberam. 

    Não, nem sequer a mitade de um bilhão e quatrocentos e vinte e quatro milhões que vivem hoje em dia (1886) ouviram o nome de Jesus. Não obstante, a condição do texto se há cumprido: o Evengelho tem sido pregado no mundo inteiro em testemunho a todas nações.

O que é o objetivo principal do evangelho agora?

     O Apóstolo (Atos 15:14, IBB) disse que o objetivo principal do Evangelho na Idade presente, é o de “tomar dentre eles (os gentios) um povo” para o nome de Cristo — a Igreja triunfante, a qual no Seu segundo advento se unirá com ele e receberá seu nome. O testemunho para o mundo durante esta idade é um objetivo secundário.

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“À destra [de Deus]” — não uma locação, senão autoridade e poder.

 

 

 

 

 

 

 

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Rei Carlos II no seu trono

     O outro texto é: “Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.” (Salmo 110:1, IBB) 

    A idéia vaga e indefinida que se oferece ao considerar este texto, é a de que Cristo se sentará em um trono material, em algum lugar do céu, até que a tarefa de dominar todas as coisas seja concluída pela Igreja, e que logo Ele virá a reinar. Esta é uma interpretação errônea. 

    O trono de Deus ao qual está feita a referência no texto não é um trono material, senão que representa sua autoridade e governo supremos; o Senhor Jesus foi enaltecido para participar desse governo. 

    Paulo declara; que “Deus o exaltou (a Jesus) soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome”. Depois de si mesmo, o Pai lhe tem dado autoridade sobre todos. Se Cristo estivesse sentado num trono material até que seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés (todos subjugados), seguramente não poderia vir até que todas as coisas forem subjugadas. 

    Porém, se como afirmamos,“à minha direita”  neste texto se refere não a uma localidade nem a um assento, mas ao poder, à autoridade e ao governo, se infere que o texto posto a nossa consideração não está de modo algum em conflito com o outro texto demonstrando que o Senhor virá “sujeitar a si todas as coisas” (Filipenses 3:21, IBB), em virtude do poder com o qual foi investido. 

    Este ponto podemos o ilustrar como segue: se dizemos que o imperador Guilherme está sobre o trono da Alemanha, não queremos dizer que se encontra no assento real, porque de fato raramente o ocupa. Quando dizemos que está no trono, damos a entender que governa a Alemanha. 

    A mão direita significa o lugar mais proeminente, a posição de maior exaltacão ou favor, a mais imediata ao chefe principal. Desta maneira o príncipe Bismark foi exaltado ou assentado à direita do poder pelo imperador alemão; também José foi à mão direita de Faraó rei do Egito, mas não de uma maneira literal, senão sob a figura ou modo de falar habitualmente. 

    As palavras de Jesus a Caifás concordam com esta idéia: “Vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu”. (Mateus 26:64, AL; IBB) 

    Ele estará à direita durante a segunda vinda e permanecerá à direita durante a Idade Milenária, e para sempre.

A primeira vinda REME.

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A segunda vinda RESTAURA.

     Um exame continuado dos planos de Deus, dará uma idéia mais ampla com referência ao primeiro e segundo adventos; devemos recordar que ambos estão relacionados como parte de um só plano. 

    A obra especial da primeira vinda foi a de redimir o homem; a da segunda: a de restaurar, abençoar e libertar o redimido. Havendo dado sua vida como resgate por todos, o Salvador ascendeu para apresentar ao Pai esse sacrifício, e a efetuar dessa maneira uma reconciliação pela iniqüidade do homem. 

    Ele se tarda e permite que “o príncipe deste mundo” continue seu governo do mal, entretanto, e até que seja escolhida “a Noiva, a Esposa do Cordeiro”, que para ser achada digna de honra tão grande, deve vencer as influências do presente mundo mau. 

    Então será o tempo de começar a tarefa de dar à humanidade as grandes bênçãos que por meio de seu sacrifício obteve para eles, e virá a abençoar todas as famílias da Terra.

     Certo é que a restauração e as bênçãos podiam ter começado em seguida quando o preço do resgate foi dado por nosso Redentor; em tal caso, a vinda do Messias seria apenas uma, principiando as bênçãos e o reinado imediatamente, assim como os apóstolos ao princípio esperavam. (Atos 1:6) 

    Visto que Deus provera “alguma coisa melhor a nosso respeito” — a Igreja cristã (Hebreus 11:40, IBB), de maneira que é para interesse nosso, que o reinado de Cristo se acha separado dos sofrimentos do Cabeça por estes dezenove séculos.

O período entre as vindas é para o desenvolvimento da igreja.

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A seleção da igreja ...

     Este período intermediário entre a primeira e a segunda vinda, entre o resgate por todos e a bênção de todos, tem por objetivo a eleição e a prova da Igreja, a qual compõe o corpo de Cristo; se não fosse assim, apenas haveria ocorrido uma vinda, e a obra que será feita no período da segunda presença de Jesus, no milênio do reino de Cristo na Terra, sería feita logo depois da obra de sua ressurreição. 

    Ou, em vez de dizer que a obra da Segunda vinda tivesse tomado lugar depois da obra concluída na primeira, digamos mais certo que se Jeová não houvesse proposto a eleição do “pequeno rebanho”, “o corpo de Cristo”, então o primeiro advento não se efetuaria quando se verificou, senão no tempo do segundo, sendo somente um, porque Deus havia disposto que por seis mil anos se permitisse o mal, e que durante o sétimo milênio fosse concluída a purificação e a restituição de todos.

A razão para a demora aparente nas bênçãos.

     Desde este ponto de vista, a vinda de Jesus como o sacrifício e resgate pelos pecadores foi tão adiantada do tempo da restauração e bênção, como era necessário para dar lugar à seleção do “pequeno rebanho” de “co-herdeiros”

    Isto explicará a alguns a aparente dilação da parte de Deus em dispensar suas bênçãos prometidas e que eram de esperar-se por causa do resgate. As bênçãos virão no tempo oportuno, como desde o princípio foi planejado, ainda quando devido a um glorioso propósito, o preço do resgate foi provido muito antes de que os homens puderam esperá-lo.

A missão da Igreja é de testemunhar.

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Deus ainda não nem mesmo tentou a conversão do mundo.

     O apóstolo Pedro nos informa que Jesus tem estado ausente da terra — no céu — durante o tempo decorrido entre sua ascensão e o princípio dos tempos da restauração ou Idade Milenária; disse: 

“Ao qual convém (é necessário, ALA) que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas”, etc. (Atos 3:21, IBB) 

    Sendo o caso que as Escrituras nos ensinam que o objetivo da segunda vinda é o de restaurar todas as coisas, e que no tempo de seu aparecimento as nações se acharão tão longe de encontrarem-se convertidas que estarão iradas (Apocalipse 11:18, AL; IBB) e em oposição, se deve admitir que a Igreja deixará de cumprir sua missão, e até esse grau o Plano de Deus será frustrado, ou, como sustentamos e temos mostrado, que a conversão do mundo na idade presente não se esperava da Igreja, senão que sua missão era a de pregar o Evangelho no mundo inteiro, em testemunho, ao mesmo tempo que, sob a direção divina, ela se prepara para sua grandiosa obra futura. 

    O poder de Deus para converter o mundo está muito longe de ser esgotado. Todavia nem sequer tem intentado a conversão do mundo.

Uma restituição futura para todo homem, mulher e criança ...

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     Para alguns, isto pode aparecer como uma informação estranha, mas relfexionemos que se Deus tem intentado tal coisa, evidentemente tem fracassado, porque como vemos, somente uma pequena fração dos bilhões de seres humanos hão ouvido inteligentemente o único nome em que devamos ser salvos. 

    Somente temos apresentado, junto com o que elas se deduzem, as opiniões, as teorias e os ensinamentos de algumas seitas principais, tais como a batista, a presbiteriana, e algumas outras que estão em acordo com o fato de que Deus está escolhendo dentre o mundo um “pequeno rebanho” — uma Igreja. 

    Todas elas afirmam que Deus não fará mais que escolher esta Igreja, enquanto que nós achamos nas Escrituras um ensino de outro escalão no plano divino: uma RESTAURAÇÃO para o mundo, a qual será levada a efeito por meio da Igreja escolhida quando estiver completa e glorificada. 

    O “pequeno rebanho”, os vencedores desta Idade Evangélica, somente compõem o corpo da “Descendência” em que, ou por meio da qual, serão benditas todas as famílias da terra.

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     Os que pretendem que Jeová estava tratando de converter o mundo durante seis mil anos, e que não o tem conseguido em todo esse tempo, devem achar-se em dificuldades para reconciliarem tais idéias com a afirmação bíblica garantindo que todos os propósitos de Deus se cumprirão, e que sua palavra não voltará vazia, antes fará o que lhe apraz, e prosperará naquilo para que a enviou. (Isaías 55:11) 

    O fato de que o mundo não está ainda convertido, e que a terra não se encheu do conhecimento da glória do Senhor [Jeová], provam fora de dúvida que sua palavra não foi ainda enviada com tal missão.

 

 

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“Maneja bem a palavra da verdade”

 

 

 

 

 

Duas linhas de pensamento dividem aos Cristãos:

     Isto nos conduz a duas linhas de pensamento que por séculos têm dividido os cristãos, e as que se qualificam de Eleição e Graça Livre. Que apesar de sua aparente contradição ambas doutrinas estão apoiadas nas Escrituras, nenhum estudante da Bíblia pode negá-lo. 

    Este fato deveria fazer-nos deduzir sem tardança alguma que de uma maneira ou de outra ambas doutrinas têm que ser verdadeiras; mas, não as podemos reconciliar a menos que ao estudar o tema observemos a lei do céu, a ordem, e que procuremos “manejar bem a palavra da verdade”. 

    Se observamos esta ordem, a qual se mostra no plano das idades, nos fará ver que ainda quando uma Eleição estava em progresso durante a idade passada e a presente, o que por via de distincão qualificamos como Graça Livre é a misericordiosa provisão que Deus tem em reserva para o mundo em geral durante a Idade Milenária. 

    Se são trazidos à memória os delineamentos distintivos das epocas e dispensações, conforme as desenhamos em um dos capítulos anteriores, e se examinamos e colocamos em seu lugar todas as passagens relativas à Eleição e à Graça Livre, encontraremos que as referentes à Eleição são aplicáveis a esta idade e à passada, enquanto que as que ensinam a Graça Livre são por completo aplicáveis à próxima idade.

Eleição

contra

Graça Livre

     Ainda quando a Bíblia ensina a Eleição, vemos não obstante que esta não é um constrangimento arbitrário, nem tampouco fatalismo, tal como em geral é interpretado e ensinado pelos seus defensores, mas é uma seleção de acordo com a idoneidade, a adaptalidade para o propósito que Deus tem em perspectiva, e durante o período determinado para isso.

    A doutrina da Graça Livre, aceitada pelos arminianos, é também uma manifestação mais grandiosa do favor abundante de “Deus, que a ensinada por seus mais ardentes partidários. A graça ou favor de Deus em Cristo sempre é livre, no sentido de que é imerecida; mas desde a queda do homem até o tempo presente, certos favores de Deus estão limitados a indivíduos especiais, nações e classes, enquanto que na próxima idade o mundo inteiro será convidado a participar dos favores nesse tempo oferecidos, sob  condições então a todos conhecidas, e quem quiser, receba de graça a água da vida. — Apocalipse 22:17.

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A seleção de Israel por Deus é um tipo da grande obra para o mundo.

 

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“Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.”  Mateus 10:5, 6

 

 

     Olhando retrospectivamente, vemos que se fala da seleção ou eleição de Abraão e de alguns de seus descendentes, como os canais por onde chegaria a prometida descendência que abençoaria todas as famílias da terra. (Gálatas 3:29) 

    Dentre todas as nações, notamos também a eleição de Israel, em que Deus tipicamente ilustra como seria levada a efeito a grande obra em benefício da humanidade: sua liberação do Egito, sua Canaã, seus pactos, suas leis, seus sacrifícios pelos pecados para apagar as culpas e para espargir o povo, e seu sacerdócio para levar a efeito tudo isto, vêm a ser uma representação típica em miniatura do real sacerdócio e de sacrifícios verdadeiros para purificar a humanidade. 

    Deus, falando ao povo de Israel disse: “De todas as famílias da terra só a vós vos tenho conhecido. (Amós 3:2, IBB) Só este povo foi reconhecido até que veio Cristo, e ainda depois, sempre quando que seu ministério se concretizou a eles, e não permitiu que seus discípulos fossem a outros, mas quando os enviou os advertiu: 

    “Não ireis aos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos”. 

    Por que motivo, Senhor? Porque, explica Ele: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mateus 10:5, 6, IBB; 15:24) 

    Até sua morte dedicou-lhes todo o tempo, e somente ali foi quando se levou a efeito sua primeira obra em benefício do mundo, a primeira demonstração de sua livre e abundante graça que “a seu tempo” se tornará em uma bênção para todos.

A dádiva de Deus é ilimitada.

     Esta, a dádiva mais sublime de Deus, não foi limitada a nações nem a classes. Não foi só para Israel, mas para todo o mundo. Porque Jesus Cristo, pela graça de Deus, provou a morte por todos. — Hebreus 2:9, IBB.

     Também agora na Idade Evangélica certa classe de Eleição se leva a efeito. Algumas partes do mundo são mais favorecidas que outras com o Evangelho, o qual é livre para todos os que ouvem. Ao olhar um mapa do mundo vemos quanto pequena é a porção iluminada ou abençoada com um grau considerável de conhecimento do evangelho de Cristo. 

    Compare os conhecimentos e os privilégios de que você goza com os de milhões que hoje em dia estão em obscuridade do paganismo, os quais nunca ouviram o chamamento e que por conseguinte não são chamados. 

    Quando a companhia dos chamados (chamados para serem filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo Jesus nosso Senhor, e que hão feito firme a sua vocação e eleição) estará completa, então o plano de Deus para salvar o mundo apenas estará começando.

O Segundo Adão e a Segunda Eva

 

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“O Espírito e a Noiva dizem, Vem!”

     Não será senão até que a Descendência seja escolhida, desenvolvida e exaltada ao poder, quando poderá ferir a cabeça do serpente. 

“E o Deus da paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés.” (Romanos 16:20, IBB); Gênesis 3:15) 

    A Idade Evangélica prepara a casta donzela, a fiel Igreja, para o Noivo que vem. E no fim da idade, quando ela estará “preparada” (Apocalipse 19:7, IBB), virá o Noivo, e todos os que estarão “preparados” irão com Ele para as bodas; o segundo Adão e a segunda Eva serão um, e começará a gloriosa tarefa da restauração. 

    Na seguinte dispensação, os novos céus e a nova terra, a Igreja não será por mais tempo a donzela desposada, mas a Esposa; então se cumprirá o formoso texto: 

“E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem tem sede, venha, e quem quiser, receba de graça a água da vida.” — Apocalipse 22:17, IBB.

     A Idade Evangélica longe de terminar a missão da Igreja, é somente a preparação necessária para uma grande tarefa futura. Por esta bênção prometida, e já no ponto de cumprir-se, toda a criação juntamente geme e está com dores até agora, esperando a manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8:22, 19) 

    E isto é um fato abençoado de que a Graça Livre em plenitude, não somente para os que vivem, mas também para os que morreram, será a bendita oportunidade oferecida na idade vindoura.

Os no sepulcro são presos de esperança.

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     Alguns que podem vislumbrar as grandes bênçãos preparadas para o segundo advento, e que apreciam em certo grau o fato de que o Senhor virá a outorgar os grandes favores alcançados por sua morte, deixam de ver o ponto mencionado ultimamente, a saber: que os que estão nos seus túmulos terão tanto interesse nesse glorioso reinado do Messias como os que nesse então não se achem tão completamente submetidos ao jugo de corrupção, a morte. 

    Mas tão certo como Cristo morreu por todos, todos alcançarão as oportunidades e as bênçãos compradas com seu precioso sangue. Assim é que no Milênio, devemos esperar bênçãos sobre todos, tanto para os que descançam nos túmulos, como para os que não terão ido a eles; disto encontramos provas multíplices em proporção a que esquadrinhemos o testemunho de Deus sobre o assunto. 

    É a causa do Plano de Deus para libertar os mortos, no qual são chamados “prisioneiros da esperanca”.

A maioria dos homens nunca não têm ouvido de Jesus.

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O que tem acontecido com as multidões que têm morrido? 

O que é a sua condição?

Acaso há Esperança para os não Eleitos

     Calcula-se em cerca de cento quarenta e três bilhões de seres humanos que tenham existido na terra durante seis mil anos desde a criação de Adão. Dentre estes, o mais amplo cálculo que dos santos de Deus razoavelmente poderia fazer-se, não chegaria a um bilhão. 

    Este cálculo liberal deixaria o imenso resíduo de cento quarenta e dois bilhões (142.000.000.000) de seres que morreram sem fé e sem esperança em único nome debaixo do céu, dado entre os homens em que devamos ser salvos. A vasta maioria não conheceram nem ouviram coisa alguma acerca de Jesus, e portanto não podiam crer naquele de quem não ouviram falar.

     Perguntamos: Aonde foi parar estra vasta multidão da qual os números dão uma idéia insuficiente? Qual foi, qual é, e qual sera sua condição? Não preparou Deus nada para estes, cuja condição e circunstâncias Ele tinha que prever? 

    Acaso, como muitos de seus filhos afirmam, desde a fundação do mundo, fez uma cruel e miserável provisão de tormentos eternos para estes desventurados? 

    Ou nas grandiosas dimensões de seu plano, a largura, e o cumprimento, e a altura, e a profundidade, tem Ele ainda em reserva para eles a oportunidade de que venham ao conhecimento do único nome, para que sendo obedientes às condições requeridas, gozem de vida eternal?

 

 

Ateísmo

Calvinismo

Arminianismo

     Existe uma variedade de respostas para estas perguntas que todo cristão que pensa faz a si mesmo, e para as quais ansia uma solução veraz e satisfatória, e em completa harmonia com o caráter de Jeová.

O Ateísmo responde: Morreram para sempre, não existe futuro para eles, nunca voltarão a viver.

O Calvinismo responde: Não foram eleitos para a salvação. Deus preordenou, e os predestinou a perder-se, a ir ao inferno, onde se acham revolvendo em agonia e sem esperança.

O Arminianismo responde: Cremos que Deus excusa a muitos deles tendo em conta sua ignorância. Aqueles que viveram o melhor que puderam, ainda quando nunca tinham ouvido falar de Jesus, formarão parte da “Igreja dos Primogênitos”.

Cristo é a única base para a salvação.

 

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A Fé de Pedro

     A maioria de cristãos de todas as denominações (apesar de que muitos têm credos diferentes e contrarios), admitem esta última opinião pensando que qualquer outra seria irreconciliável com a justiça da parte de Deus. 

    Mas, acaso as Escrituras confirmam tal parecer? Ensinam elas que a ignorância é um meio de salvação? Não, nas Escrituras o único meio de salvação que se apresenta é a em Cristo como nosso Redentor e Senhor: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé”.  (Efésios 2:8, AL; IBB) 

    A justificação por meio da fé é o princípio fundamental do sistema inteiro do cristianismo. Quando se perguntava: “que devo fazer para ser salvo?” 

    Os apóstolos respondiam: Crê no Senhor Jesus Cristo, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.” (Atos 4:12, AL; IBB) 

    “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” — Romanos 10:13.

 

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O Evangelho mandado para os Gentios

 

Por acaso salvará a ignorância aos homens?

 

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A Lei não trouxe a vida para Israel

     Não obstante, Paulo ensina que o homem deve ouvir o Evangelho para que possa crer; ele disse: “Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar”?—Romanos 10:14, IBB.

     Alguns são de opinião que Paulo ao dizer: “Os gentios, que não tem lei, para si mesmos são lei” (Romanos 2:14, AL; IBB), ensina que a ignorância salva os homens. Inferem disto que a lei que suas consciências elabora, “e suficiente para justificá-los. Mas tais interpretam mal a Paulo. 

    O argumento que ele apresenta é o de que todo o mundo se encontra como réu diante de Deus (Romanos 3:19); que os gentios que não tinham a lei escrita, foram condenados, mas não justificados pela luz de sua consciência, a qual, seja já que os acuse ou defenda-os, prova que são imperfeitos e indignos de vida, da mesma maneira que os judeus que tinham a lei escrita eram condenados por ela, “pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado”. (Romanos 3:20, IBB) 

    A Lei dada aos judeus lhes fazia conhecer suas debilidades; foi dada com o propósito de mostrar-lhes que eram incapazes de justificar-se a si mesmos diante de Deus, visto que pelas obras da lei nenhum homem sera justificado diante dele [diante de Deus]”. 

    A Lei escrita condenava os judeus, e os gentios tinham a suficiente luz de consciência para condenar-lhes; para que se cale toda boca enquanto pretender o direito da vida, e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus.

Muitos Cristãos eroneamente dizem que Deus não condenará aos ignorantes.

     Ao recordar o dito por Tiago (2:10, IBB): Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos, e não tem direito das bênçãos prometidas pelo Pacto da Lei, podemos ver que “não há justo, nem sequer um”. (Romanos 3:10) 

    Desta maneira as Escrituras fecham toda porta de esperança, com uma só exceção, e mostram que ninguém é capaz de conseguir vida eterna por meio de suas obras meritórias, como também, que é inútil alegar a ignorância como um meio de salvação. A ignorância não pode fazer a ninguém merecedor da recompensa da fé e da obediência.

Deus tem uma bênção para todos, uma maneira melhor.

     Muitos cristãos, não querendo crer que tantos milhões de crianças e pagãos estão perdidos para sempre (o que, segundo foi lhes ensinado, significa que foram destinados a um lugar de tormento eterno e sem esperança), insistem, apesar de afirmar a Bíblia ao contrário, que Deus não condena os ignorantes. 

    Admiramos sua liberalidade de coracão e seu alto apreço da bondade de Deus, mas lhes fazemos presente que não deveriam apressar-se para pôr de lado ou passar por alto o dito pela Bíblia. Deus têm bênçãos para todos, e isto, de uma maneira melhor que por meio da ignorância.

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Que passará com os pagãos?

     Mas, estão seus atos de acordo com suas crenças? Não, ainda quando professam crer que os ignorantes serão salvos apesar de sua ignorância, não obstante, à custa de vidas valiosas e de milhões em dinheiro, continuam mandando missionaries aos pagãos. 

    Se todos, ou pelo menos a metade deles se salvariam por meio da ignorância, se faz a eles um dano positivo ao enviar-lhes missionários que lhes ensinam o nome de Cristo, porque ao ir os missionários a eles, somente um de cada mil chega a ser crente. 

    Se esta idéia é correta, seria muito melhor deixá-los em ignorância, porque desse modo se salvaria uma proporção muito maior. Se continuando pela mesma linha de argumentos, não levantariamos a conclusão de que se Deus houvesse deixado todos os povos em ignorância, todos se teriam salvado? 

    Neste caso, a vinda e a morte de Jesus foram inúteis, a pregação e os sofrimentos dos apóstolos e dos santos foram em vão; e o tão chamado Evangelho, longe de ser boas novas, ao contrario, vem a ser novas muito ruins. 

    O fato de enviar missionários aos pagãos por aqueles que professam a idéia calvinista da eleição, ou seja que o eterno destino de cada indivíduo se encontra inalteravelmente determinado antes de vir a existência, é ainda mais absurdo e inconsistente.

No devido tempo hará pleno conocimento E apreciação.

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Como é que as “novas de grande alegria” serão “para TODO O POVO”?

     Mas a Bíblia, que está cheia de espírito missionário, não ensina que existem vários caminhos de salvação — um a fé, outros as boas obras e o outro a ignorância. Tampouco ensina essa doutrina do fatalismo, que desonra o nome de Deus. 

    Ao mesmo tempo que assinala toda outra porta como fechada, abre de par em par uma, a única porta; proclama que todo aquele que queira pode entrar para a vida, e indica que todos os que agora não vêem nem apreciam os benditos privilégios da entrada, serão trazidos no tempo oportuno a uma apreciação e conhecimento plenos. 

    A única via por meio da qual, tanto um, como todos os membros da raça sob condenação podem vir a Deus, não é por meio das obras meritórias, tampouco o é por meio da ignorância, senão por meio da fé no precioso sangue de Cristo, que tira o pecado do mundo. (1 Pedro 1:19; João 1:29) 

    Este é o Evangelho, as boas novas de grande alegria “que o sera PARA TODO O POVO”.

    Passemos agora a examinar estas coisas precisamente desde o ponto de vista que Deus nos fala delas, e deixando a Ele mesmo a tarefa de vindicar sua conduta. Principiaremos perguntando: A onde foram parar estes cento quarenta e dois bilhões de seres humanos?

Porque é a humanidade numa condição de sofrimento?

     Qualquer que seja seu paradeiro, podemos estar sempre seguros que não estão sofrendo, porque a Bíblia não somente ensina que Deus não dará recompensa à Igreja antes que venha Cristo e retribua a cada um (Mateus 16:27), mas também deixa ver que os injustos receberão seu castigo nesse tempo; o fato de que sua condição presente não é a completa recompensa, é provado pelas palavras do apóstolo Pedro: “sabe o Senhor reservar … os injustos para o dia do juízo, para serem castigados” (2 Pedro 2:9, AL); e ele determinou fazer assim.

“Deus é amor.”

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     O pensamento que tantos de nossos semelhantes se perderiam por haver carecido do conhecimento indispensável para serem salvos, é realmente sombrio para todo aquele que tem algum sentimento de amor e compaixão. 

    Além disso numerosas são as passagens que não dão visos de poder harmonizar-se com semelhante idéia. Vamos proceder para fazer um exame: Se tomamos o passado e o presente como únicas oportunidades de salvação, e se pomos de lado toda esperança de alcançá-la na idade próxima por meio de uma restauração, de que maneira poderíamos interpretar a declaração, que “Deus é amor”, ou: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça”? (1 João 4:8; João 3:16, AL; IBB) 

    Não seria próprio esperar que se Deus amou o mundo até o grau de dar o seu Filho, devia ter provido os meios que conduzem para efetuar não somente a salvação dos que crêem, mas também para que todos possam ouvir, porporcionando- lhes a oportunidade de crer?

Todo homem ainda não tem sido alumiado.

     Além disso, quando lemos: “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo” (João 1:9, AL), nossa observação diz: Não; nem todos os homens foram iluminados, não vemos que o Senhor haja alumiado senão a uns poucos dos bilhões de moradores da Terra. 

    Ainda neste século de luzes, milhões de pagãos não dão sinais de estar iluminados; nem os deram os sodomitas, nem muitos outros dos tempos passados.

Acaso tem sido a redenção um malogro?

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“Vos trago novas de grande alegria que o será para TODO O POVO.”  Lucas 2:10

Cristo Morreu por TODOS

     Lemos que Jesus Cristo pela graça de Deus provou a morte “por todos”. (Hebreus 2:9, AL; IBB) Mas se Ele sofreu a morte por cento quarenta e três bilhões, e por alguma causa sua morte só é eficaz para um bilhão, não foi a redenção comparativamente um fracasso? 

    E se isto é assim, não seria demasiado exagero o dito do Apóstolo? E se lemos a passagem que diz: “porquanto vos trago novas de grande alegria, que o sera para TODO O POVO” (Lucas 2:10, IBB), e logo olhamos em redor e contemplamos o fato de que apenas são boas novas para “um pequeno rebanho”, mas não para todo o povo, não nos veremos precisados a pensar que os anjos encareceram em demasia o bom e o amplo da mensagem, exagerando a importância da obra que levaria a efeito o Messias por eles anunciado?

Se beneficiarão todos da morte de Cristo?

     Outro texto diz: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos.” (1 Timóteo 2:5, 6, IBB) 

    Em resgate por todos? Então por que todos os incluídos em número não recebem o benefício da morte de Cristo? Por que não chegam todos ao pleno conhecimento da verdade para que pudessem crer?

A chave é o resgate: “para servir de testemunho A SEU TEMPO.”

 

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A Crucificação

     Sem a chave, quão obscura e inconsistente aparece esta afirmação! Mas quando a achamos e conseguimos ver em toda sua grandeza o plano de Deus, todos estes textos declaram unânimes que “Deus é amor”. Esta chave se encontra na última parte do texto que acabamos de citar: 

“O qual a si mesmo se deu em resgate por todos: TESTEMUNHO QUE SE DEVE PRESTAR EM TEMPOS OPORTUNOS.” 

    Deus tem um tempo oportuno para todas as coisas. Ele podia ter dado o testemunho a estes durante a vida passada, mas como não o fez, prova que esse tempo oportuno está no porvir. Para aqueles que serão da Igreja, a esposa de Cristo, e que participarão das honras do reino, o presente é o “tempo oportuno” para ouvir, que ouça e que atenda, e em tal proporção será abençoado. 

    Ainda quando Jesus tomou providência do nosso resgate antes de que tivessemos nascido, não era ainda nosso “tempo oportuno” para ouvir; este nos chegou muitos anos depois; e unicamente a apreciação dele nos atraiu responsabilidade, mas isto, somente até o grau da nossa habilidade e apreciação. 

    O mesmo princípio é a todos aplicável: no tempo oportuno de Deus, será testificado a todos, e todos terão a oportunidade de crer e de ser abençoados.

Acaso a morte termine toda esperança?

     Prevalece a opinião de que a morte finaliza toda prova, mas não existe nenhuma citação bíblica que a confirme; se tal fosse o caso, se a morte tirasse toda esperança para as massas ignorantes da humanidade, nesse caso todas as passagens antes citadas e muitas outras, careceriam de significados, ou pior que isto. 

    A única citação que da visos de verdade a esta comum afirmação é como segue: “No lugar em que a árvore cair ali ficará”. (“Eclesiastes 11:3, AL; IBB)

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Como virão “todos os homens” a conhecer a verdade?

 

 

 

Os dois Adãos da Bíblia — Adão e Jesus.

 

      Se isto tem referência alguma ao futuro do homem, só indica que seja qual for sua condição ao entrar no túmulo, não terá mudança alguma até levanter-se dele. Este é o ensinamento uniforme de todas as Escrituras que tratam sobre o assunto, como demonstraremos nos estudos seguintes. 

    Sempre e quando Deus a ninguém se propõe salvar por meio da ignorância, senão que “quer que todos os homens cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4, ALA; IBB); tendo em que as multidões humanas hão morto na ignorância, porque “no Seol (sepultura), … não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9:10, IBB); Deus portanto tem feito preparativos para o despertar dos mortos, com o fim de proporcionar-lhes o conhecimento para que possam exercitar a fé e consigam alcançar a salvação. 

    Por conseguinte, seu plano é que assim “como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem”: — a Igreja Evangélica, a Noiva ou corpo de Cristo, primeiro; logo, durante a Idade Milenária, todos os que a Ele venham no transcurso desses mil anos de sua presenca (mal traduzida vinda — veja a nota marginal na Versão Moderna, correspondente a Mateus 24:7 — Nota do tradutor) que é o tempo designado por Deus em que todos o conhecerão, “desde o menor até o maior”. — 1 Coríntios 15:22, 23, IBB.

     Assim como a morte veio por meio do primeiro Adão, também a vida vem por meio de Cristo, o segundo Adão. Tudo quanto foi perdido pela humanidade por causa da queda do primeiro Adão, será restituído aos que crêem no segundo Adão. 

    Quando serão levantados com a vantagem de haver experimentado o mal, vantagem da qual careceu Adão, todos os que de coração aceitam a redenção, como uma dádiva de Deus, poderão continuar vivendo eternamente sob a condição original de obediência. 

    Sob o justo reinado do Príncipe da Paz, será exigida obediência perfeita e será proporcionada perfeita habilidade para obedecer. Esta é a salvação oferecida ao mundo.

Deus não dará a vida eterna em oposição à vontade do homem.

     Consideramos agora outro texto, que todos, com exceção dos universalistas, passam por cima; ainda quando não somos universalistas, alegamos o direito de usar, de crer e de regozijar-se em cada um e em todos os testemunhos da Palavra Divina. 

    Tal texto é como segue: “temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem”. (1 Timóteo 4:10, IBB) 

    Deus salvará todos os homens, mas a ninguém de uma maneira especial (“até o sumo”), a não ser aqueles que a Ele vierem por meio de Cristo. A salvação arbitrária provida por Deus em benefício de todos, não é tal que chegue a estar em conflito com o livre arbítrio ou liberdade de escolher de cada um. 

    Ele não lhes dará vida contra sua vontade; não, esta lhes será dada de uma maneira condicional: “te pus diante de ti a vida e a morte, … escolhe, pois, a vida para que vivas”. — Deuteronômio 30:19, IBB.

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Simeão e Jesus

     Simeão contrastou estas duas salvações dizendo: “os meus olhos já viram a tua salvacão, … luz para revelação aos gentios, e para a glória do teu povo Israel´[os israelitas verdadeiros]. 

    Isto está em harmonia com a declaração do Apóstolo, que o fato, que Cristo Jesus, o Mediador, se deu a si mesmo em resgate por todos, a todos será testemunhado A SEU TEMPO. Este testemunho virá a cada indivíduo sem ter-se em conta sua fé nem sua vontade. 

    Estas novas de grande alegria de um Salvador serão para todos (Lucas 2:10, 11), mas a salvação especial fora do pecado e da morte, será somente para seu povo (Mateus 1:21), ou seja os que crêem Nele, porque a ira de Deus permanece sobre aquele que não crê. — João 3:36.

Uma salvação geral e a salvação especial.

     Vemos, pois, que a salvação geral, que virá a todo ser humano, consiste em porporcionar a cada qual luz da fonte verdadeira, e a oportunidade de escolher a vida. Por motivo que a grande maioria da raça se encontra no túmulo, será necessário trazê-los dele para testificar-lhes as boas novas de um Salvador. 

    Vemos também que a salvação especial, a qual agora na esperança gozam os crentes (Romanos 8:24), e cuja realidade será revelada na Idade Milenária a todos os que tiverem crido naquele dia, é uma completa liberação fora da escravidão do pecado e da corrupção da morte, para entrar na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 

 

 

A luz verdadeira eventualmente alumiará a todo homem.

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    O conseguimento de todas estas bênçãos dependerá da sincera submissão às leis de Cristo, e a rapidez em obter a perfeição indicará o grau de amor pelo Rei e pela sua lei de amor. 

    Se depois de ser iluminado pela verdade, depois de ser (já de fato ou de uma maneira imputada) restaurado à perfeição humana, algum voltar a ser “medroso” e “recuar” (Hebreus 10:38, 39, IBB), o tal junto com os incrédulos (Apocalipse 21:8), será exterminado dentre o povo. (Atos 3:23) Este extermínio é a segunda morte.

     Assim vemos que todos estes textos dificultosos se aclaram com a afirmação: “para servir de testemunho a seu tempo”. A seu tempo, essa verdadeira luz alumiará a todo o homem que tem vindo ao mundo.  A seu tempo, serão “novas de grande alegria que o será para todo o povo”. 

    De nenhuma outra maneira podem ser usados estes versículos sem fazer-lhes violência. Paulo deduz com ênfase sobre este assunto em Romanos 5:18, 19. 

    Seu argumento é o de que da maneira como todos foram condenados a morte por causa da transgressão de Adão, assim também a justiça de Jesus e sua obediência até a morte dão fundamento de justificação; e que assim como todos no primeiro Adão perderam a vida, da mesma maneira todos, com exceção de seus deméritos pessoais, aceitando o segundo Adão poderão recebê-la novamente.

Restauração de Israel

Deus diz a Israel,

    Pedro nos disse, que esta restituição, ou a restauração de todas as coisas, foi anunciada por todos os santos profetas. (Atos 3:19-21) Todos a ensinam. Ezequiel disse do vale dos ossos secos: “estes ossos são toda a casa de Israel”.

“Eis que eu vos abrirei as vossas sepulturas, 
sim, das vossas sepulturas vos farei sair, 
ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.

“E quando eu vos abrir as sepulturas, 
e delas vos fizer sair, ó povo meu, 
sabereis que eu sou o Senhor.

“E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, 
e vos porei na vossa terra; 
e sabereis que eu, o Senhor, 
o falei e o cumpri, diz o Senhor.”  
Ezekiel 37:12-14

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A Visão de Ezequiel — Vale de Ossos Secos

 

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Candelabro em Israel

 

 

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Vinha em Israel

     E Deus disse a Israel: 

“Eis que vos abrirei as vossas sepulturas, sim, das vossas sepulturas vos farei sair, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel, sabereis que eu sou o Senhor. ... 

E porei em vós o meu Espíritu, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o Senhor, o falei, e o cumpri, diz o Senhor.” — Ezequiel 37:11-14, IBB.

     Com isto concordam as palavras de Paulo (Romanos 11:25, 26, IBB) — “que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios [a companhia escolhida, a noiva de Cristo] haja entrado; e assim todo o Israel será salvo”, ou retornado de sua condição desamparada, porque “Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu”. (Verso 2) 

    Foram afastados de seu favor enquanto está sendo escolhida a noiva de Cristo, mas serão aceitados de novo quando essa obra terminar. (Verso 28-33) As palavras dos Profetas estão cheias de afirmações indicando que serão plantados outra vez, e deixam ver que jamais voltarão a ser arrancados. 

“Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ... Porei os meus olhos sobre eles, e os farei voltar para seu bem, a esta terra. 

Edificá-los-ei, e não os demolirei; plantá-los-ei, e não os arrancarei. 

E dar-lhes-ei coração para que me conheçam, que eu sou o Senhor, eles serão o meu povo, e eu serei seu Deus, pois se voltarão para mim de todo o seu coração.” (Jeremias 24:5-7, IBB; 31:28; 32:40-42; 33:6-16) 

    Estes textos não podem referir-se apenas a suas restaurações anteriores fora dos cativeiros em Babilônia, Síria, e outras nações, porque desde aquele tempo foram novamente “arrancados”.

Todos os que morrem no Milênio morrerão pelos seus próprios pecados.

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     Ademais, diz o Senhor. “Naqueles dias não dirão mais: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram. Pelo contrário, cada um [que morrer] morrerá pela sua própria iniqüidade”; (Jeremias 31:29, 30, IBB) tal não é o caso agora. 

    Ninguém morre agora por seu próprio pecado, senão pelo pecado de Adão — “em Adão todos morrem”. Ele comeu as uvas verdes do pecado, e nossos pais continuaram comendo-as, produzindo enfermidades e miséria sobre seus filhos, e apressando desta maneira a pena — da morte. 

    O dia em que “cada um [que morrer] morrerá pela sua própria iniqüidade”; somente será no Milênio ou dia da Restituição.

As promessas para Israel têm aplicação ampla.
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     Ainda quando muitas das profecias e a promessa de bênçãos futuras parecem apenas aplicáveis a Israel, devemos recordar que esse foi um povo típico, e que portanto as promessas que lhes foram feitas, ainda quando algumas vezes se referem, em sentido mais amplo, e em geral, se referam à humanidade, a quem aquela nação tipificava. 

    Ao mesmo tempo que Israel como nação era típico do mundo inteiro, seu sacerdócio era típico do “pequeno rebanho” eleito, a cabeça e o corpo de Cristo — o “Sacerdócio Real”; os sacrifícios, expiações e propiciações feitas por esse povo tipificavam os “sacrifícios melhores”, expiações mais completas e verdadeira propiciação “pelos pecados de todo o mundo”, do qual eles fazem parte.

A Restauração está prometida para toda a humanidade, inclusive o povo de Sodoma.

 

 

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Ló partindo de Sodoma

     Mas isto não é tudo: além disso, Deus menciona por nome outras nações e promete sua restauração. Podemos citar os sodomitas como uma ilustração convincente. 

    Se achamos claramente ensinada a restituição dos sodomitas, sem dúvida alguma podemos sentir-nos satisfeitos da veracidade da gloriosa doutrina da restauração para toda a humanidade, a qual foi anunciada pela boca de todos os santos profetas. 

    E por quê não haveriam de ter os sodomitas uma oportunidade para alcançar a perfeição e a vida eterna, o mesmo que os israelitas ou qualquer de nós? Em verdade, eles não foram justos, mas os israelitas também não foram, nem nós não fomos que agora ouvimos o Evangelho. A menos que não lhes seja imputado o mérito da justiça de Cristo, quem morreu por todos, “não há justo, nem sequer um”. 

    Com suas próprias palavras nosso Senhor disse que apesar de que Deus fez chover do céu fogo para destruir a Sodoma, seus habitantes contudo não foram tão grandes pecadores nos seus olhos como foram os judeus, os quais gozaram de maior conhecimento. (Gênesis 19:24; Lucas 17:29) 

    Aos judeus de Cafarnaum Ele disse: “porque se em sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje”. — Mateus 11:23, IBB.

Haverá uma oportunidade para todos no Dia de Juízo.

 

 

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Ruínas dum Sinagoga em Capernaúm

     Assim ensina nosso Senhor que os sodomitas não tiveram uma oportunidade plena, e garante a oportunidade quando acrescenta (Verso 24, IBB): 

“Contudo, eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti.” 

    O caráter do dia do juízo e sua obra serão explicados mais adiante. Aqui só chamamos a atenção ao fato de que será um tempo tolerável para Cafarnaum, e ainda mais tolerável para Sodoma, porque ainda quando nenhum dos dois gozou de pleno conhecimento, nem de todas bênçãos que hão de vir por meio da “Descendência”, entretanto Cafarnaum pecou contra a maior luz.

O “Novo Pacto”

     E se Cafarnaum e todo Israel serão recordados e abençoados pelo “Novo Pacto” selado com sangue de Jesus, porque não haviam também de ser os sodomitas entre “todas as famílias da terra”

    Seguramente serão. E recordemos que se muitos séculos antes do tempo de Jesus, Deus fez chover “do céu fogo, e os destruiu a todos”; ao falar-se de sua restauração se implica seu despertar, sua saída dos túmulos.

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Sal perto do Mar Morte na Área de Sodoma e Gomorra

 

 

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Ruínas na Área de Sodoma

     Examinemos agora a profecia que se encontra em Ezequiel 16:48-63. Vamos lê-la com atenção. Deus fala de Israel e o compara com a vizinha Samaria e com os sodomitas, dos quais disse: “pelo que, ao ver isto, os tirei do seu lugar (por parecer-me bom removê-los)”. 

    Nem Jesus nem os profetas dão explicação alguma da aparente parcialidade da conduta de Deus ao destruir Sodoma, e em troca permitir a outros mais pecaminosos seguir impunes. Tudo isto será esclarecido quando “a seu tempo”, seus grandes desígnios serão postos em relevo. 

    O Profeta simplesmente afirma, que a Deus pareceu bem fazê-lo, e Jesus acrescenta que no dia do juízo haverá menos rigor para eles do que para outros mais culpados. Mas se supomos que a morte finaliza toda prova, e que nunca depois haverá uma oportunidade de vir ao conhecimento da verdade nem de obedecê-la, podemos razoavelmente perguntar: Por quê pareceu bem a Deus destruir este povo sem haver-lhes dado uma plena oportunidade de salvacão, trazendo-os ao conhecimento do único nome em que deviam ser salvos? 

    Não se pode encontrar outra resposta senão a de que seu “tempo oportuno” ainda não lhes havia chegado. A “seu tempo” se levantarão dos túmulos, virão ao conhecimento da verdade, e por meio da prometida “Descendência” serão abençoados juntamente com todas as famílias da Terra. Nesse então entrarão em prova para alcançar a vida eterna.

Todo membro da raça humana tem um lugar no plano de Deus.

 

     Sob este ponto de vista, mas não sob outro algum, podemos entender o proceder de Deus do amor, quando não somente permitiu, senão também ordenou aos israelitas que destruíssem os amelequitas e a alguns outros povos. Ele os autorizou dizendo: 

“Vai, pois, agora e fere a Ameleque, e o destrói totalmente com tudo o que tiver; não o poupes, porém matarás homens e mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.” (1 Samuel 15:3, IBB) 

    Esta aparente diferença no tocante a destruição de vida, parece irreconciliável com o caráter de amor que atribuímos a Deus, o mesmo que com os ensinos de Jesus: “Amai os vossos inimigos” e outras frases por estilo, e somente nós a podemos explicar quando chegamos a compreender a ordem sistemática do Plano Divino, o “tempo oportuno” para o cumprimento de cada um de seus aspectos, e o fato de que cada ser humano tem lugar nele.

     Agora conseguimos aprender que os amelequitas, o mesmo que os sodomitas e os demais, serviram para exemplificar a justa indignação de Deus, e sua determinação de finalmente e em sua totalidade, destruir os maus; e estes exemplos, quando chegar sua prova ou dia do juízo, não somente serão proveitosos para outros, senão que também serão para si mesmos. 

    Essa gente, bem podia ter morrido da maneira em que morreram, ou por causa de enfermidades ou pragas. Para eles seria o mesmo, porque só estavam aprendendo a conhecer o mal, para que no tempo oportuno quando se encontrarem “em provas”, possam aprender a justiça e se ponham em condições de discernir o bem para que ao escolhê-lo obtenham a vida.

Exemplos úteis da indignação justa de Deus.

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Matança dos Amalequitas

Cristo volta para abrir as portas da sepultura.

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     Prossigamos o exame desta profecia. Depois de comparar a Israel com Sodoma e Samaria, e de declarar o Israel como o mais culpável (Ezequiel 16:48-54), diz o Senhor: (versículo 53, IBB) 

“Eu, pois, farei tornar do cativeiro a elas, a Sodoma e suas filhas, a Samaria e suas filhas, e aos de vós que são cativos no meio delas.” 

    O cativeiro ao qual aqui se faz referência não pode ser outro do que o seu cativeiro na morte, porque os dali mencionados haviam morto. Na morte todos estão cativos; mas Cristo abrirá as portas dos túmulos e libertará os cativos. (Isaías 61:1; Zacarias 9:11) 

    No versículo 55 isto é chamado “tornarão ao seu primeiro estado” — uma restituição.

As Promessas de Deus são seguras — Confirmadas a Deus em Cristo.

 

 

 

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O Velho Pacto da Lei será substituído por um Pacto Novo.

     Alguns que estão prontos para aceitar o favor de Deus e o perdão de suas faltas e debilidades por meio de Cristo, os quais gozam de maior luz e conhecimento, ainda quando admitem a afirmação do Apóstolo, que Jesus Cristo pela graça de Deus provou a morte por todos, não podem compreender que debaixo do Pacto Novo o mesmo favor será aplicável a outros. 

    Alguns sugerem que nesta profecia Deus fala ironicamente aos judeus, implicando que tanto podia restituir aos sodomitas como a eles, mas que não tinha a intenção de fazê-lo. Entretanto, vejamos como os versículos (60-63, IBB) contradizem esta idéia. 

    Diz o Senhor: “Contudo eu me lembrarei do meu pacto, que fiz contigo nos dias da tua mocidade, e estabelecerei contigo um pacto eterno. Então te lembrarás dos teus caminhos, e ficarás envergonhada, quando receberes as tuas irmãs, ... E estabelecerei o meu pacto contigo, e saberás que eu sou o Senhor, para que te lembres, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por causa da tua vergonha, quando eu te perdoar tudo quanto fizeste, diz o Senhor Deus (Jeová, AL).” 

    Quando uma promessa está assim rubricada pelo Grande Jeová, todos aqueles que estão prontos para confirmar que Deus é verdadeiro, confiadamente podem alegrar-se no certo de seu cumprimento, especialmente os que chegam a compreender que estas bênçãos sob o Novo Pacto estão confirmadas por Deus em Cristo, cujo precioso sangue selará esse Pacto.

Israel é amado por causa dos seus pais.


Pai Abraão

     Paulo acrescenta seu testemunho a isto dizendo: “e assim todo o Israel (vivos e mortos) será salvo (serão recuperados de sua cegueira), como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades; e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados. ... quanto a eleição amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação (chamada) de Deus são irretratáveis.” — Romanos 11:26-29, IBB.

    Não devemos assombrar-se de que tanto os judeus como os samaritanos, os sodomitas e o resto da humanidade, serão envergonhados e confundidos quando “a seu tempo” (no tempo oportuno) Deus manifesta as riquezas de sua graça. 

    Não é estranho, porque muitos dos que agora são filhos de Deus ficam envergonhados e confundidos, quando puderem compreender. Porque Deus amou O MUNDO de tal maneira, e percebem quanto mais altos do que os seus propósitos eram os pensamentos e planos Dele.

Os pensamentos e planos de Deus são mais altos do que os nossos próprios.

     Os cristãos crêem geralmente que todas as bênçãos de Deus são somente para a Igreja eleita, mas já começamos a ver que os planos de Deus são muito mais amplos que o antes imaginado, e ainda que quando para a Igreja de Deus tem feito “preciosas e grandíssimas promessas”, também fez uma provisão liberal para o mundo, ao qual amou até o grau de redimí-lo. 

    Os judeus de um modo parecido se equivocaram ao supor que todas as promessas divinas eram nada mais que em benefício seu; por isso, quando chegou “o tempo oportuno” para que fossem favorecidos os gentios, unicamente um remanescente de Israel, aqueles cujo coração se alegrou com esta evidência da graça de Deus, participaram desse favor amplificado, enquanto que os demais foram cegados pelos preconceitos e tradições humanas. 

    Quanto cuidado para não serem achados em oposição com a luz que avança, deveriam ter os membros da Igreja que agora contemplam a aurora do Milênio, desbordante de vantagens e favores para todo o mundo! 

    Oxalá que cheios de cautela evitem cair cegos e em hora má deixem de compreender suas glórias e bênçãos.

Distorções de verdades.

     Quão diferente é este glorioso Plano Divino de escolher uns poucos agora para depois abençoar muitos, se contrastamos com a tergiversão destas verdades, como se apresenta em idéias opostas mantidas pelos credos — calvinista e arminiano! 

    O primeiro nega a doutrina da Graça Livre e lastimosamente torce a gloriosa doutrina da Eleição; o segundo nega a doutrina da Eleição e não consegue compreender a plenitude das bênçãos da Graça Livre oferecida por Deus.

Calvinismo diz que Deus é sábio e todo poderoso, mas ignora ao amor e à justiça.

     Disse o Calvinismo: — Deus é omnisciente; Ele sabia do fim desde o princípio; e enquanto todos os Seus propósitos serão realizados, nunca há intentado salvar mais que a uns poucos, a Igreja. A estes os elegeu, e preordenou que fossem salvos; aos demais também os elegeu e preordenou para eles o tormento eterno, porque “Conhecidas são a Deus todas suas obras desde o princípio do mundo.”

    Esta doutrina tem alguns bons delineamentos. Reconhece a onisciência de Deus. Este seria nosso ideal de um grande Deus se não fosse a falta de duas qualidades essênciais de grandeza, como são o amor e a justiça; nenhuma destas qualidades se exemplifica ao trazer ao mundo cento e quarenta e dois bilhões de seres sentenciados a uma tortura eterna antes de haverem nascido, enganando-os com falsos protestos de amor. 

    Se Deus é amor, e a justiça é a base do Seu trono, esse caráter não pode ser Seu.

Armenianismo diz que Deus é amante e justo, mas ignora à sabedoria e ao poder.

     O Arminianismo disse: — Sim, Deus é amor, e ao trazer a humanidade ao mundo, não intentou fazer-lhes dano algum, senão somente o bem. Mas sucedeu que Satanás teve êxito ao tentar o primeiro par, e deste modo entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte. 

    Desde então, Deus tem feito tudo o que está a seu alcance para livrar o homem do seu inimigo, até chegou a dar o seu próprio Filho. 

    E ainda quando já passaram os seis mil anos, o Evangelho tem chegado apenas a uma proporção muito reduzida da humanidade; no entanto, esperamos que com outros seis mil anos, e por meio da energia e liberalidade da Igreja, a tal grau haverá Deus corrigido o mal introduzido por Satanás, que todos estes os que viverão naquele tempo pelo menos poderão conhecer seu amor, e terão a oportunidade de crer e de serem salvos.

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Deus é o Dono dos Seus propósitos.

 

     Esta doutrina apesar de que apresenta a Deus como um Ser cheio de amor e benevolência em seus desígnios para suas criaturas, não obstante implica que necessita de habilidade e previsão indispensáveis para o cumprimento de seus desígnios benévolos; dito melhor, implica que é dificiente em sabedoria e poder. 

    Sob este ponto de vista consta que enquanto Deus se ocupava em fazer preparativos e projetos para o bem-estar de suas criaturas acabadas de formar, Satanás se interpôs e com um golpe magistral a tal grau desordenou todos os planos do Criador, que ainda esgotando todos seus recursos necessita esforçar-se pelo espaço de doze mil anos para instalar de novo a justiça, e isto, somente até o grau de que os membros da raça povoando o mundo nesse então ainda terão a oportunidade de escolher com a mesma facilidade o bem ou o mal. 

    Mas de acordo com esta teoria, os cento quarenta e dois bilhões de seres humanos que existiram nos seis mil anos passados, e muitos mais dos que viverão nos seis mil anos que vêm, apesar do amor de Deus para eles, se acham perdidos para sempre, porque Satanás interferiu em seus planos. Se tal fosse o caso, então Satanás saca o melhor partido, porque por mil que ele consegue para o tormento eterno, Deus salva para a glória somente um.

     Semelhante ponto de vista tende para engrandecer a concepção humana acerca do poder e da sabedoria de Satanás, diminuindo em proporção seu apreço destes mesmos atributos em Deus, de quem o salmista diz ao contrário: “Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.” 

    Mas não, Deus não foi nem avantajado pelo adversário; tampouco em maneira alguma Satanás tem frustrado seus planos. Deus é, e sempre foi, perfeitamente dono da situação, e finalmente se verá que todas as coisas estavam cooperando para o cumprimento de seus propósitos.

Exultai! A vossa libertação se aproxima!

 

     Apesar de que as doutrinas da Eleição e da Graça Livre, tais como são ensinadas pelos calvinistas e arminianos, nunca se conseguiu harmonizá-las entre si, como tampouco com a razão nem com a Bíblia; entretanto, desde o ponto de vista do plano das idades, estas duas doutrinas bíblicas ressaltam por sua beleza e harmonia.

     Vendo como já temos visto, que muitos dos grandes e gloriosos aspectos do Plano de Deus para efetuar a salvação da raça fora do pecado e da morte pertencem ao futuro, e que o segundo advento do nosso Senhor Jesus é o primeiro passo assinalado para o cumprimento dessas bênçãos prometidas há muito tempo e por tão longo tempo esperadas, não devemos anelar o tempo de sua segunda vinda mais anciosamente que os judeus, menos informados que nós, esperavam e desejavam ver seu primeiro advento? 

    Ao perceber de que o período do mal, da injustiça e da morte chegará a seu término por meio do exercício de seu poder e de seu domínio, e que a justiça, a verdade e a paz serão universais, quem não se alegrará na espera de seu dia? 

    E que os inspirados pelas preciosas promessas de que “se perseveramos, com Ele também reinaremos”, sofrem agora as reprovações de Cristo, ao perceberem alguma evidência da proximidade do Mestre, não levantarão as suas cabeças cheios de regozijo, sabendo que a nossa redenção e glorificação com Ele se aproxima? 

    Sem dúvida alguma que todos os simpatizantes com seu espírito de amor e com sua gloriosa missão de abençoar, irromperão em aclamações de júbilo a cada sinal de sua vinda, estando certos de que com Ele também se aproxima essa grande “alegria que o será para todo o povo”.

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“Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai a vossas cabeças, 
porque a vossa redenção se aproxima.”  
Lucas 21:28

 

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