ESTUDO XI

OS TRÊS CAMINHOS—O ESPAÇOSO, 
O APERTADO E O SANTO

 

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— O Caminho Espaçoso que conduz à perdição. 
— O Caminho Apertado que conduz à vida. 
— O que é a vida? 
— A Natureza Divina. 
— A relação que existe entre a Natureza Divina e a Humana. 
— O prêmio que se encontra no final do Caminho Apertado. 
— A Vocação Celestial está limitada a Idade Evangélica. 
— Dificuldades e perigos do Caminho Apertado. 
— O Caminho Santo.   [237]

 

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Poucos encontram o “caminho apertado hoje.

“LARGA é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram!” Mateus 7:13, 14, IBB.

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O “caminho santo será disponível para todos.

“E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo, o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão. Ali não haverá leão, nem animal feroz subirá por ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele”. — Isaías 35:8, 9, IBB.

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O caminho para baixo está tornando-se mais vitrificado e escorregadio com pecado.

     Desta maneira as Escrituras nos indicam três caminhos, o “caminho espaçoso”, o “caminho apertado” e o “caminho santo”.

O Caminho Espaçoso 
que Conduz à Perdição

     Este caminho é chamado assim porque é o mais fácil para a raça degenerada. Faz seis mil anos que Adão (e a raça representada nele) como pecador condenado à destruição começou a transitar este caminho, e depois de novecentos e trinta anos chegou a seu fim — a destruição. 

     Com o transcurso dos anos e dos séculos, o caminho para baixo se tem feito mais e mais escorregadio, e a raça se tem precipitado com maior rapidez para a destruição; por causa do pecado, diariamente o caminho se torna mais liso, lamacento e escorregadio. 

     E não somente se torna mais escorregadio, mas também ao mesmo tempo a humanidade, dia a dia, vai perdendo o poder de resistência, a tal grau que agora, por término médio, em espaço de trinta e cinco anos chega a seu fim. Hoje em dia chega ao final do camnho — a destruição — cerca de novecentos anos antes do que o primeiro homem.

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Por 6.000 anos o pecado e a morte têm reinado inexoravel- mente.

     Pelo espaço de seis mil anos, os membros da raça humana, um após outro, têm seguido o caminho espaçoso para baixo. Só alguns poucos, comparativamente, têm procurado mudar seu curso e voltar seus passos. 

     Em verdade, voltar todos passos para alcançar a perfeição original, tem sido impossível, ainda quando os esforços de alguns com este fim têm sido dignos de elogios e não sem resultados benéficos. Por seis mil anos o pecado e a morte têm reinado inexoravelmente sobre a humanidade, empurrando-a para este caminho espaçoso que conduz à perdição, e nenhuma via de saída foi manifestada até que começou a Idade Evangélica. 

     Ainda quando nas idades anteriores podiam ser vislumbrados alguns raios de esperança por meio de certos tipos e sombras, quais eram alegremente aclamados e aceitados por uns poucos, entretanto, a vida e a imortalidade não foram trazidos à luz até o aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, e a proclamação pelos apóstolos das boas novas de redenção e remissão dos pecados, e a conseqüente ressurreição fora da perdição. (2 Timóteo 1:10)

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Jesus chamou a via nova o “caminho apertado que conduz à vida.”

     Os ensinos de Jesus e dos apóstolos trazem à luz a vida — uma restituição ou restauração à vida para toda a humanidade, baseada sobre o mérito e o sacrifício do Redentor; demonstram que isto é o que significam muitos dos tipos do Antigo Testamento. Também trazem à luz a imortalidade, o prêmio da “vocação celestial” oferecido à Igreja da Idade Evangélica.

     Ainda quando por meio do Evangelho foi trazida à luz uma via de saída fora do caminho espaçoso que conduz à perdição, não obstante, grande maioria da humanidade não tem feito caso das boas novas, por encontrar-se sumida na depravação e cegada pelo adversário. 

     Para os que agora aceitam com gratidão a promessa da vida, a restauração à existência humana por meio de Cristo, lhes é indicado um novo caminho que foi aberto, por meio do qual os crentes consagrados podem ir mais além da natureza humana, para serem mudados a uma natureza mais elevada — a espiritual. Este caminho novo “que ele nos inaugurou” — o sacerdócio real (Hebreus 10:20, IBB) — é o qual o Senhor chamou:

Por causa da sua estreiteza muitos preferem evitá-lo.

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O Caminho Apertado 
que Conduz à Vida

     O nosso Mestre nos disse que por causa da estreiteza deste caminho muitos preferem permanecer no caminho espaçoso que leva à perdição. “Estreita (difícil) é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.”

     Antes de tratar deste caminho, seus perigos e dificuldades, demo-nos conta do fim ao qual ele conduz — à vida. Como já temos visto, a vida pode ser gozada em diferentes planos de existência, já superiores ou inferiores ao humano. 

     O significado da palavra vida é muito extenso, mas aqui nosso Senhor a usa com referência à forma mais elevada de vida, a qual pertence à natureza divina — a imortalidade — que constitue o prêmio pelo qual nos convidou a correr.

O que é a vida?

     O que é a vida? A vemos não só em nós mesmos, mas nos animais inferiores e ainda na vegetação, e também estamos informados de sua existência em formas mais elevadas — a angélica e a divina. Como definiremos um termo que tanto inclue?

Jeová, é o grande manancial de toda vida.

     Ainda quando não podemos descobrir em todas as fontes secretas da vida, confiadamente podemos assumir que o Ser Divino, Jeová, é o grande manancial de toda vida, da qual são providos estes mananciais. 

     Todos os seres viventes obtêm sua vida Dele, e Dele dependem para conservá-la. Toda vida, já seja em Deus ou em suas criaturas é a mesma; é um princípio que produz energia, mas não é uma substância.

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A natureza divina é vida independente, ilimitada, inesgotável.

    É um princípio inerente em Deus, mas que em suas criaturas resulta de certas causas que Deus tem ordenado, e portanto, Ele é a causa, o autor e a fonte dela. Daqui vemos que a criatura não é, em maneira alguma, parte ou progênie da essência ou natureza do Criador, como alguns imaginam, senão que é a obra das suas mãos à qual lhe infundou a vida.

     Reconhecendo o fato de que só na natureza divina a vida é independente, ilimitada, inesgotável e contínua, não estando dominada nem sendo produzida por circunstâncias, vemos que de necessidade Jeová é superior a essas leis e abastecimentos físicos, que Ele ordenou para o sustento de suas criaturas. 

     Esta qualidade que só pertence a natureza divina, é a descrita pela palavra imortalidade. Como foi demonstrada no capítulo anterior, imortal significa à prova de morte, e portanto inclue a imunidade de enfermidades e dores. 

     Em verdade, imortalidade pode ser usada como sinônimo da divinidade. Toda classe de vida e de bênçãos, e toda dádiva perfeita e boa, procedem da fonte divina e imortal, assim como a Terra recebe do Sol sua luz e seu vigor.

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O sol é a fonte de luz para a terra.

     O Sol é a grande fonte de luz para a Terra, o qual ilumina todas as coisas, produzindo muitas e variadas classes de cores e graus de luz, segundo a natureza do objeto sobre o qual resplandece. A mesma luz do Sol ao brilhar sobre um diamante, sobre um ladrilho, ou sobre várias classes de vidro, produz efeitos de uma variedade surpreendente. 

     A luz é a mesma, mas os objetos sobre os quais brilha diferenciam em sua capacidade para recebê-la e transmiti-la. O mesmo passa com a vida: toda provém da única fonte inesgotável. A ostra tem vida, mas está organizada de tal maneira que não pode fazer uso de muita vida, assim como o ladrilho não pode refletir muito da luz do sol. 

     Isto mesmo acontece com as animais. De maneira como a luz produz diferentes resultados quando reflete sobre diversas classes de vidro, assim também estas diferentes criaturas, quando a vida anima seus organismos, exibem de diferentes maneiras os variados poderes orgânicos que possuem.

O homem não possue vida inerente.

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     O diamante lapidado se presta tão bem para receber a luz, que parece como se a possuísse em si mesmo, e fosse sozinho um sol em miniatura. O mesmo acontece com o homem, uma das obras mestras da criação de Deus, feito apenas “um pouco menor que os anjos”. 

     Ele foi formado de maneira tão maravilhosa para que pudesse receber e reter a vida sem extinguir-se nunca, fazendo uso dos meios que Deus providenciou-lhe. Assim que Adão, antes de cair, foi superior a qualquer outra criatura terrestre, mas isto não devido a alguma diferença no princípio vivificador implantado, mas por causa de um organismo superior. 

     Entretanto, recordemos que de maneira como o diamante não pode refletir luz senão quando o sol brilha sobre ele, assim o homem só pode possuir e gozar da vida enquanto é abastecido dela. O homem não possue vida inerente, e está tão longe de ser fonte de vida como o diamante de ser fonte de luz. 

O começo da vida humana —

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     E uma das provas mais inequívocas de que não temos um abastecimento inesgotável de vida, ou em outras palavras, que não somos imortais, é o fato de que desde a entrada do pecado, a morte passou a todos os membros da raça.

     Deus havia disposto que o homem no Éden tivesse acesso a árvores sustentadoras de vida, e o paraíso em que foi colocado estava abundantemente provido de “toda qualidade de árvores” agradáveis à vista e boas para comida. (Gênesis 2:9, 16, 17, IBB) Entre as árvores da vida adequadas para alimento, havia uma proibida. 

     Ainda quando por algum tempo foi lhe proibido comer da árvore do conhecimento, era lhe permitido que comesse livremente de toda árvore que perfeitamente sustentavam a vida, e somente foi separado delas depois que houve pecado, para que dessa maneira pudesse efetuar-se a pena de morte. — Gênesis 3:22.

De maneira como o diamante perde a sua beleza quando é privado de luz, assim o homem perde a vida sem Deus.

     Assim se vê que a glória e beleza da humanidade depe ndem do abastecimento contínuo da vida, precisamente como a beleza do diamante depende do contínuo abastecimento da luz do sol. 

     Quando a humanidade por causa do pecado ficou privada do direito de vida e o abastecimento foi retido, a jóia começou perder seu brilho e beleza, e quando chegar ao túmulo perde o último vestigio, “destróis, como traça, o que ele tem de precioso”. (Salmo 39:11, IBB) de maneira como o diamante perde o seu brilho e beleza quando é privado de luz, assim o homem perde a vida quando Deus deixa de supri-la:

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“No Seol (sepultura) ... não há obra ... nem conhecimento ...”

     “sim, rende o homem o espírito [a vida], e então onde está?” (Jó 14:10, IBB) 

     “Os seus filhos recebem honras sem que ele o saiba; são humilhados sem que ele o perceba.” (Versículo 21, IBB) 

     “Porque no Seol (sepultura), para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Eclesiastes 9:10, IBB)

Ao homem há de ser restaurada a sua beleza.

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     Mas porque já foi encontrado um resgate, e porque o Redentor pagou a pena de morte, para a jóia lhe será restaurada a beleza, e novamente refletirá, de um modo perfeito, a imagem do Criador, quando nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas. (Malaquias 4:2, IBB) 

     E por causa da oferta pelo pecado, do sacrifício de Jesus que “todos os que estão nos sepulcros [túmulos]” sairão. Haverá uma restauração de todas as coisas; primeiramente uma oportunidade ou oferta de restauração a todos, e finalmente o conseguimento da perfeição humana por todos os que obedecem o Redentor.

 

 

A natureza divina era originalmente a posse de Deus.

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Aquele que posui, ele só, a imortalidade...  1 Timóteo 6:16

     No entanto, este não é o prêmio que Jesus oferece no final do caminho apertado. Em outras partes das Escrituras vemos que o prêmio prometido aos que transitam pelo caminho apertado é a “natureza divina” — vida inerente, vida em grau superlativo, que só a natureza divina pode possuir — a imortalidade. 

     Que esperança! Nós atreveremos a aspirar semelhante glória? Certamente que ninguém o faria legitimamente se não fosse por um convite positivo e explícito.

     Em 1 Timóteo 6:14-16, IBB, podemos ver que a natureza divina era originalmente possuída somente pelo Pai. Lemos:

“a qual, (Jesus) no tempo próprio [na Idade Milenária], manifestará o bem-aventurado, e único soberano Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que posui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver”.

     Todos os demais seres, anjos, homens, animais, aves, peixes, etc., não são mais que vasilhas contendo cada uma certa quantidade de vida, e diferenciando todas em caráter, capacidade e qualidade, segundo o organismo com que o Criador as tem querido dotar.

     Alem disso, nós percebemos que Jeová, quem no princípio unicamente tinha imortalidade, tem exaltado a seu Filho, Jesus, Senhor, para a mesma natureza imortal, divina; por isso, ele é agora a expressa imagem do Ser do Pai. (Hebreus 1:3, IBB) Por isso lemos:

A imortalidade está agora oferecida à Noiva de Cristo.

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“Pois assim como o Pai tem VIDA EM SI MESMO [a definição dada por Deus de imortalidade — vida em si mesmo — não tomada de outra origem, que não depende das circunstâncias, senão que é inteiramente independente, vida inerente], também deu ao Filho ter VIDA EM SI MESMO.” (João 5:26, IBB)

     Desde a ressurreição de Jesus existem dois seres imortais e quão admirável graça! a mesma oferta é feita à noiva do Cordeiro, que está sendo eleita durante a Idade Evangélica. 

     Entretanto, não todo o grande número dos que nominalmente são da Igreja, receberão este grande prêmio, mas só esse “pequeno rebanho” de vencedores que correm de tal maneira, para alcançá-lo; os que seguem nas pisadas do Mestre, e que como ele, andam pelo caminho apertado de sacrifício até a morte. 

     Estes, ao levantar dentre os mortos na ressurreição, terão a forma e a natureza divina. À esta vida imortal, independente, existente em si, a natureza divina, é o caminho apertado que conduz.

Os da classe da Igreja serão levantados com corpos espirituais.

    Os desta classe não levantarão do túmulo como seres humanos, porque nos assegura o Apóstolo que ainda quando irão ao túmulo com corpos humanos, não obstante serão levantados com corpos espirituais. Os tais serão “transformados”, e assim como em um tempo levaram a imagem da natureza humana, terrena, levarão a imagem da celestial. 

     Mas “ainda não é manifesto o que havemos de ser” — o que é um corpo espiritual; mas “sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele”, e com ele participaremos da “glória que há de ser revelada”. — 1 João 3:2; Colossenses 1:27; 2 Coríntios 4:17; João 17:22; 1 Pedro 5:10; 2 Tessalonicenses 2:14.

A Idade Evangélica está projetada exclusivamente para esta chamada.

     Esta vocação celestial a uma transformação de natureza não somente é limitada à Idade Evangélica, mas também é a única oferta que nela se faz. Por isso, as palavras do nosso Senhor citadas no princípio deste capítulo, incluem no caminho espaçoso que conduz à destruição a todos os que não vão pelo caminho para obter o único prêmio que se oferece agora. 

     Todos os demais estão todavia no caminho espaçoso; até agora somente estes hão escapado da condenação que existe no mundo. Por este, o único caminho da vida que encontra-se aberto agora, muitos poucos querem transitar por causa de dificuldades. Em sua debilidade, as massas da humanidade preferem o caminho espaçoso e fácil da gratificação de seus próprios desejos.

A vereda desde a morte para a vida é um “Caminho Apertado hoje.

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     O caminho apertado ainda quando termina em imortalidade, podia chamar-se um caminho de morte, porque se obtem o seu prêmio pelo sacrifício ainda até a morte, da natureza humana. 

     É o caminho apertado da morte, que conduz a vida. Sendo considerados livres da culpa adâmica e da pena de morte, os consagrados rendem voluntariamente, ou sacrificam, os direitos humanos reputados como seus, os quais, a seu tempo, em união do mundo em geral, haveriam obtido na realidade.

     De maneira como “Cristo Jesus, homem”, pôs ou sacrificou sua vida pelo mundo, estes vêm a ser sacrificadores juntamente com ele. Isto não implica que seu sacrifício foi insuficiente e que por isso outros fossem necessários; ainda quando seu sacrifício é inteiramente suficiente, a estes é lhes permitido de servir e padecer com ele para que possam chegar a constituir sua noiva e co-herdeira. 

     Assim pois, enquanto que o mundo está sob a condenação da morte, e está morrendo com Adão, está dito que este “pequeno rebanho” morre com Cristo por meio do processo da justificação pela fé e do sacrifício já descrito. 

     Se sacrificam e morrem com ele como seres humanos, para com ele poderem ser participantes da natureza divina; 

“Se, pois, já morremos com ele, também com ele viveremos”, se é certo que com ele padecemos, também com ele seremos glorificados”.—Romanos 8:17, IBB; 2 Timóteo 2:11, 12, IBB.

Ao concluir-se a Idade Evangélica, o Caminho Apertado será fechado.

     Os que vão pelo caminho apertado, no princípio da Idade Milenária ganharão o grande prêmio pelo qual hão corrido — a imortalidade; sendo já revestidos da natureza e poder divinos, estarão preparados para a grande tarefa de restaurar e de abençoar o mundo durante essa Idade. 

     O caminho apertado que conduz à imortalidade será fechado ao concluir-se a Idade Evangélica, porque já estara completado “o pequeno rebanho” que estava designado para ser posto à prova.

      “Eis aqui agora o tempo aceitável” (do grego dektos, aceitável — em que se pode receber), agora é o tempo em que os sacrificadores que se apresentam no mérito de Jesus e que morrem com ele são aceitáveis a Deus — são sacrifícios de grato aroma. 

     A morte como pena adâmica não será permitida para sempre; será abolida durante a Idade Milenária; como um sacrifício, somente será aceitável e premiada durante a Idade Evangélica.

Porque, se viverdes segundo a carne, HAVEIS DE MORRER; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, VIVEREIS.

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.  Romanos 8:13, 14

     É somente como “novas criaturas” que os santos desta Idade andam pelo caminho que conduz à vida, e é somente como seres humanos que estamos consagrados à destruição, na qualidade de sacrifícios. 

     Se como criaturas humanas morremos com Cristo, como seres novos espirituais com ele viveremos. (Romanos 6:8) A mente de Deus em nós, a mente transformada, é o germe da nova natureza.

     Facilmente pode ser perdida a nova vida; Paulo nos assegura que se depois de sermos gerados do Espírito por meio da verdade, se vivermos segundo a carne, havemos de morrer (perderemos nossa vida); mas, se pelo espírito mortificarmos (damos morte) as obras do corpo (a disposição da natureza humana), viveremos (como criaturas novas); porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. (Romanos 8:13, 14, AL; IBB) 

     Este pensamento é de maior importância para todos os consagrados, porque se temos prometido a Deus de sacrificar a natureza humana, e se esse sacrifício foi aceitado por Ele, é inútil procurar novamente tomá-la. 

     O humano já e considerado por Deus como morto, e tem que verdadeiramente morrer, para nunca ser restaurado. Então, tudo o que se pode ganhar com a volta para trás, para viver segundo a carne, é um pouco dos deleites humanos, à custa da nova natureza espiritual.

Há outra classe; está vencida parcialmente pelo mundo, a carne ou o diabo.

     Porém, há muitos consagrados desejosos de obter o prêmio e que hão sido gerados do Espírito, mas que são vencidos parcialmente pelas atrações do mundo, os desejos da carne ou pelas ciladas de Satanás. 

     Parcialmente perdem de vista o prêmio que está posto diante de nós, e procuram andar sobre um caminho intermediário — tratando de manter o favor de Deus e o favor do mundo, esquecendo que “a amizade do mundo é inimizade contra Deus”, (Tiago 4:4, AL; IBB) e que as instruções dadas para esses, os que correm a carreira para alcançar o prêmio são: não ameis o mundo, nem recebeis glória uns dos outros, mas buscai a glória que vem do único Deus. — 1 João 2:15; João 5:44, IBB.

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Purificada pelo fogo de tribulação.

     Estes, os quais amam o presente mundo mau, mas que não apartaram-se inteiramente de Deus nem desprezaram Seu pacto, recebem castigo e são purificados pelo fogo de tribulação. 

     Como disse o Apóstolo: são entregados a Satanás para a destruição da carne, para que o espírito (a nova natureza gerada) seja salvo do dia do Senhor Jesus. (1 Coríntios 5:5) 

     E se devidamente corrigem-se por meio desses castigos disciplinares, serão recebidos finalmente em condição espiritual.

O caminho apertado, escabroso, e ingreme do Cristão.

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As dificuldades do caminho apertado servem como princípio de separação, refinando o povo de Deus.

     Terão vida espiritual eterna, mas perderão o prêmio da imortalidade. Servirão a Deus no templo, estarão em pé diante do trono, com palmas nas suas mãos (Apocalipse 7:9-17), e ainda quando isso será glorioso, não o será tanto como a posição que terão os do “pequeno rebanho” de vencedores, os quais serão reis e sacerdotes para Deus, se assentarão com Jesus no trono como sua esposa e co-herdeiros, e juntamente com ele, serão coroados com imortalidade.

     Nosso caminho é apertado, ingreme, escabroso, e se não fosse pela fortaleza que nos é subministrada a cada passo sucessivo da nossa jornada, nunca chegaríamos ao seu final. A palavras do nosso Capitão nos infundem valor: “Tende bom ânimo, eu venci”. 

     “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (João 16:33; 2 Coríntios 12:9) As dificuldades que se encontram neste caminho servem como princípio de separação para santificar e refinar a um “povo peculiar”, para que sejam “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo”. 

     Em vista destas coisas, chemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebemos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno, enquanto pelejamos a boa peleja pela fé e lançamos mão da “coroa da glória”—a imortalidade, a natureza divina.—2 Timóteo 4:8, 1 Pedro 5:4.

O caminho para a restituição do mundo não será sacrifício, senão um gozo proprio dos direitos humanos.

O Caminho Santo

     Enquanto que a esperança especial da Idade Evangélica é tão sobressalientemente gloriosa e o caminho que leva ali é correspondentemente difícil, apertado, obstruído com dificuldades e perigos a cada passo, a tal grau que poucos o encontram e muito menos alcançam o grandioso prêmio que no seu final se encontra, a nova ordem de coisas na Idade vindoura será totalmente diferente. 

     Assim como será assinalada uma esperança diferente, também um caminho diferente conduz a ela. O caminho para a imortalidade tem sido um caminho que requer o sacrifício das coisas que de outro modo houvessem sido esperanças, ambições e desejos próprios e legais, — o sacrifício, de uma vez para sempre, da natureza humana. 

     Ao contrário, o caminho para a perfeição humana, para a restituição, a esperança do mundo, apenas requere que se abandone o pecado; não o sacrifício dos privilégios e direitos humanos, mas o uso adequado deles. Isto guiará para a purificação pessoal e para a restauração à imagem de Deus, como possuía Adão antes de que o pecado entrasse no mundo.

Haverá uma estrada, especialmente preparada para progresso fácil.

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Jardim de Getsêmane

O Caminho Apertado é uma vereda de sacrifício e experiências de “Getsêmane”.

     O caminho para voltar à real e verdadeira perfeição humana será muito fácil e simples, tão simples que ninguém poderá equivocar-se no caminho, tão simples que: 

     “Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão.” (Isaías 35:8, IBB); tão fácil, que a ninguém mais lhe será necessário ensinar a seu próximo dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão desde o menor deles até o maior deles. (Jeremias 31:34, IBB)

     Em vez de ser um caminho apertado que somente poucos podem encontrar, será chamado “estrada” — caminho público — não uma senda apertada; escarpada, escabrosa e difícil, mas um caminho especialmente preparado para transitar com facilidade, especialmente preparado para a conveniência e bem-estar dos caminhantes. 

     Os versículos 8 e 9 mostram que será um caminho público, aberto para todos os redemidos — para todos os homens. Todo homem por quem Cristo morreu, que reconhece e apropria as bênçãos e oportunidades compradas com o precioso sangue, poderá subir por este “caminho santo” para a grandiosa meta da restituição à perfeição humana e à vida eterna.

     Os tais não serão reputados como justificados, nem será lhes concedida uma posição reputada de santidade e perfeição à vista de Deus; depois de acharem-se encaminhados neste caminho de santidade, poderão seguir progredindo até chegar à perfeição real ou verdadeira, a qual poderá ser obtida como resultado da obediência e do esforço, para o qual, o Redentor, quem então estará reinando em poder, fará que todas as coisas sejam favoráveis. 

     A administração sábia e perfeita do novo reino servirá de ajuda a todo indivíduo segundo suas necessidades. Isto, como virá a mente de alguns, é o resultado legítimo do resgate. 

     Sempre e quando que nosso Senhor, Cristo Jesus, homem, se deu a si mesmo em resgate por todos, e deseja que todos venham ao conhecimento da verdade e alcancem por este meio a perfeição real, por que não faz imediatamente, uma estrada ampla e sem tropeços, para que todos transitem? 

     Por que não remove as obstruções e as pedras de tropeço, os precipícios e as armadilhas? Por que não ajuda ao pecador para que volte a gozar da plena harmonia com Deus, em vez de fazer o caminho tão estreito, escabroso, e cheio de espinhos, difícil de encontrar, e ainda mais difícil de andar nele? 

     Por não manejar bem a palavra da verdade, e deixar de perceber que o presente caminho apertado que conduz ao prêmio especial, é com o objetivo de provar e selecionar um “pequeno rebanho” de co-herdeiros, o corpo de Cristo, os que uma vez eleitos e enaltecidos com seu Cabeça abençoarão todas as nações, tem sido causa de que se mantenham algumas idéias muito confusas com relação a este assunto. 

     Não conhecendo o plano de Deus, muitos procuram predicar para o tempo presente uma estrada de santidade, um cômodo caminho para a vida, quando tal caminho ainda não existe; mas para fazer concordar suas idéias errôneas com os fatos e as Escrituras, confundam e torcem o assunto. 

     No caminho que logo será aberto somente serão proibidas as coisas pecaminosas, enquanto que os que vão pelo caminho apertado têm que negar-se a si mesmos e sacrificar muitas coisas que não são pecaminosas, ao mesmo tempo que lutam sem cessar contra os pecados que os assedeiam. Esta é uma senda de sacrifício, mas a da idade vindoura será uma estrada de justiça.

A ignorância e a superstição serão passadas.

 

 

“Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte.”—Isaías 11:9

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A justiça por último receberá o prêmio que merece.

 

 

     Desse caminho (estrada) em linguagem simbólica, está dito expressamente que “ali não haverá leão, nem animal feroz subirá por ele, nem se achará nele”. 

     Quantos leões terríveis encontram-se agora no caminho dos que com gosto abandonariam seus feitos pecaminosos, para ir após a retidão! Vemos o leão de uma opinião pública degenerada, que dissuade a muitos de aventurar-se a obedecer os ditames da consciência nos assuntos referentes à vida cotidiana — o vestuário, o lar, o arranjo dos negócios, etc. 

     O leão da tentação para as bebidas alcoólicas é o obstáculo de milhares que com gosto o veriam destruído. Os que advogam a proibição e a temperança têm agora uma tarefa hercúlea em suas mãos, que só a autoridade e o poder da idade vindoura poderão levar a efeito; o mesmo pode dizer-se dos louváveis esforços que são feitos para uma reforma moral. 

     “Nem animal feroz subirá por ele, nem se achará nele”. 

     Não será tolerada nenhuma corporação gigantesca, organizada com o fim egoísta de aumentar os interesses individuais à custa do bem comum. 

     “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte” (reino) disse o Senhor. (Isaías 11:9, SBB; IBB)

     Ainda quando haverá de lutar contra algumas dificuldades para vencer a tendência para o mal, entretanto, comparado com o caminho apertado desta idade, esse será muito cômodo. As pedras (de tropeço) serão tiradas e a bandeira da verdade será arvorada aos povos. (Isaías 62:10) 

     A ignorância e a superstição serão coisas do passado, e a justiça receberá o prêmio que merece, enquanto que ao mal será feita frente com seus justos merecimentos. (Malaquias 3:15, 18) 

     Por meio de medidas salutares, adequados encorajamentos, e instruções simples, a humanidade, como o filho pródigo, será educada e disciplinada até chegar à grande perfeição da qual o pai Adão caiu. Desta maneira

 

 

 

 

Caminho Espaçoso
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Caminho Santo
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“os resgatados do Senhor voltarão [da destruição, andando pelo grandioso caminho da santidade]; ... com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. (Isaías 35:10, AL; IBB)

     Nosso Senhor somente referiu-se a dois destes caminhos, porquanto o terceiro ainda não estava para abrir-se; e assim, ao proclamar as boas novas, quando leu da palavra e disse: 

     “Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos”, deixou de apregoar o “dia da vingança”, por não haver chegado seu tempo. (Compare Lucas 4:19, 21 com Isaías 61:2) 

     Mas, agora que o caminho apertado está chegando a seu fim, a luz do dia que amanhece nos permite vislumbrar mais e mais claramente o grandioso caminho da justiça.

     Temos encontrado um “Caminho Espaçoso”, pelo qual na atualidade caminham as massas da humanidade, enganadas pelo “príncipe deste mundo” e guiadas pelas inclinações depravadas. Temos visto que pela “desobediência de um só homem” nossa raça começou sua longa carreira por ele. 

     Temos achado que o “caminho santo” será aberto pelo nosso Senhor, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, e o qual a todos redime da destruição à qual conduz o “caminho espaçoso”; tal caminho no tempo oportuno será acessível e estará ao alcance de todos os redimidos os quais Ele comprou com seu próprio sangue precioso. 

     Temos aprendido, além disso, que o presente “caminho apertado”, aberto pelo mérito do mesmo precioso sangue, é um caminho especial, que conduz a um prêmio especial, e que foi feito especialmente apertado e difícil, para que sirva de prova e de disciplina aos que estão sendo eleitos agora, para que sejam participantes da natureza divina e co-herdeiros com nosso Senhor Jesus no reino da glória, que logo será revelado para a bênção de todos. 

     Os que têm esta esperança — os que vêem este prêmio — ao compará-lo com qualquer outra esperança, podem considerar tudo o demais como “perda e refugo”. — Filipenses 3:8-15, ALA; IBB.

 

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